Quando uma das minhas filhas me ligou, já se haviam passado anos que eu havia contribuído com uma organização religiosa, sendo encarregado pelos jovens, meninos entre 12 e 17 anos, que davam um trabalho danado e exigiam bastante dedicação de tempo e energia.
– Pai, o Fulano, lembra dele? (eu lembrava muito bem!) Pediu o seu número. Posso passar?
O tal Fulano era um rapaz, na época, por volta dos 15 anos, e dava muito trabalho. Bastante indisciplinado, diga-se de passagem!
Alguns dias depois, recebi a ligação do Fulano. – “Tudo bem? Quero convidar você para ser meu padrinho de casamento.”
Aceitei, claro, mas, confesso, não entendi nada. Afinal, tínhamos perdido o contato, por anos, e eu não estava mais associado à aquela organização.
A cerimônia foi brilhantemente! Simples e linda!
Durante o cumprimento aos padrinhos, ele me abraçou e chorou muito (gente, muito mesmo, tá?)!
Terminada a cerimônia, claro, não me contive: “Fiquei honrado pelo seu convite e intrigado também. Por que eu?”
O Fulano, aquele rapaz indisciplinado, agora um homem casado, com os olhos cheios d’água, disse:
– “Uma vez, durante uma atividade, você me perguntou como eu gostaria de ser lembrado e eu não soube responder. Daí, você olhou para mim e disse: Sabe como eu vou lembrar de você? De alguém que poderia ter sido.
Sua frase ficou ecoando dentro de mim e resolvi que eu seria alguém. A partir disso, comecei a me empenhar em tudo que eu fazia e, graças a você, posso estar aqui hoje casado com a mulher que amo e com uma vida profissional de sucesso.”
Definitivamente, eu não lembrava da conversa, muito menos da frase e nunca imaginei que causaria um impacto tão grande!
Saí com a minha crença fortalecida: Dentro de cada pessoa existe a capacidade latente de realizar algo grandioso, além do ordinário!
Nunca duvide disso! Invista no potencial de cada membro da sua equipe!
Um dia isso volta e você recebe o retorno maravilhoso de ter contribuído para que as pessoas sejam o que podem ser!
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