
No dezoito de março, publiquei no meu Blog um artigo intitulado “Teste Ácido”.
Nele contei uma história envolvendo um ex-chefe…
“Saí da entrevista soltando fogo pelas ventas! Nunca alguém tinha sido tão ácido para saber se eu servia ou não para uma posição! …Voei para a sala do meu Diretor: “Escuta, estou sendo demitido? Por que o Diretor da área que você me indicou agiu como se eu estivesse.” … anos depois eu e meu entrevistador ríamos quando falavamos daquela primeira entrevista: meu teste ácido…
…quem estava anteriormente na função era o meu chefe e ele tinha feito um excelente trabalho!!…
Meu chefe era um italiano grandão que se achava o melhor vendedor da empresa. E era!… Foram os três melhores anos da minha vida dentro da empresa!…Além de ter a total confiança do chefe…”
Infelizmente, esse chefe nos deixou, no dia 16 de maio passado, por conta de um ataque cardíaco, fulminante.
Difícil encontrar palavras que representem o quanto eu o admirava e o impacto da sua partida tão inesperada e precoce…
A morte… que relação estranha temos com ela! Agimos como se ela nunca fosse acontecer! E assim vamos adiando alguma possibilidade.
Possibilidade… a não consecução do quase, do real.
Povoa nossas vidas em todas as dimensões: A possibilidade de um novo emprego, de trocar o carro, de viajar, de ter um filho e tantas outras que vivemos criando para nos justificar de não decidirmos ou realizarmos algo.
A possibilidade é como um véu que encobre as realizações. Através dela só conseguimos vislumbrar a tênue linha do contorno de algo que poderíamos ser, conseguir, ter.
E assim a vida nos leva… de uma possibilidade à outra.
Até que a possibilidade da morte, a única que certamente se concretiza, termine com todas as outras.
Daí, só resta rezar, torcer, trabalhar, decidir, para que antes disso, tenhamos a certeza que exploramos profundamente todas as possibilidades que passaram por nossa existência.
Só assim, poderemos calmamente ver o véu da nossa última possibilidade desvendar sua face, com a certeza que realmente vivemos e construímos nossas almas.
Talvez, ou melhor, certamente, decisões equivocadas serão tomadas, no afã de explorar alguma possibilidade, mas, pelo menos tentamos, vivemos!
Tome o timão da sua vida! Explore suas possibilidades, plenamente!
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